A epístola de Tiago ” O Justo “

Tiago “ O Justo “

 

Tiago, o irmão do Senhor, trabalha sua epístola mostrando os testes que são colocados diante do discípulo para ver se sua vida espiritual (Religião Pura) é verdadeira ou falsa, carnal ou espiritual, do céu ou da terra, passageira ou eterna. Lendo a Epístola de Tiago, irmão do Senhor, iremos ver nossa própria estrutura espiritual como servos e servas de Deus. Seremos discípulos maduros e experimentados.

Pergunta ao discípulo: Como você se classifica? Maduro, imaturo, em processo de maturidade, etc.

O Autor da Carta O Novo Testamento apresenta três homens com o nome Tiago, dois dos quais eram discípulos de Jesus e um era seu irmão. A tradição atribui o livro ao irmão do Senhor. Visto que Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João, foi decapitado por Herodes Agripa I, ( Atos 12:2 ), e Tiago filho de Alfeu, só é citado na relação dos 12 apóstolos, não sendo mais mencionado. Restando apenas Tiago, irmão de Jesus.

Tiago irmão de Jesus, não acreditava que Jesus era o Messias, conforme João 7:5; e Marcos 3:21, foi somente após a morte e ressurreição que ele passou a crer em Jesus, em lº Corintios 15:7, afirma-se que Jesus apareceu a Tiago, e acreditamos que aí as dúvidas caíram por terra. Tiago esteve no cenáculo com os que foram batizados no Espírito Santo no dia de pentecostes ( Atos 1:14 ).

Na época do concílio de Jerusalém, Tiago era reconhecido como uma das colunas da igreja, Gálatas 2:9 e em Atos 21:18-25, lê-se que Tiago era um líder respeitado entre os judeus cristãos de Jerusalém.

Tiago passava muitas horas de joelho orando, e segundo a tradição quando foram lavar seu corpo para o sepultamento, viram que seus joelhos eram calejados como os joelhos de um camelo. Historiadores como Flávio Josefo e Eusébio de Cesaria, relatam que Tiago foi apedrejado até a morte, por ordem do sumo sacerdote.

 

A morte de Tiago

 

 

O Texto abaixo faz parte do livro História Eclesiástica, escrita entre os séculos IV e V. O autor, Eusébio de Cesareia (265 – 339), é considerado o primeiro historiador da Igreja.

 

DOCUMENTO

História Eclesisática, Livro II, capítulo III

XXIII

[De como Tiago, chamado irmão do Senhor, sofreu o martírio]

 

 

  1. Ao apelar Paulo ao César e ser enviado por Festo à cidade de Roma[1], os judeus, frustrada a esperança que os induziu a conspirar contra ele[2], voltaram-se contra Tiago, o irmão do Senhor, a quem os apóstolos tinham confiado o trono episcopal de Jerusalém. O que segue é o que ousaram fazer também contra ele.
  2. Trouxeram-no, e diante de todo o povo pediram-lhe que renegasse a fé de Cristo. Mas quando ele, contra a vontade de todos, com voz livre e falando mais abertamente do que esperavam, diante de toda a multidão pôs-se a confessar que nosso Salvador e Senhor Jesus era filho de Deus, já não foram capazes de suportar mais o testemunho deste homem, justamente porque era considerado o mais justo de todos pelo grau de sabedoria e piedade a que havia chegado em sua vida, e mataram-no, aproveitando oportunamente a falta de governo, pois tendo Festo morrido na Judéia neste tempo, a administração do país ficou sem chefe e sem controle[3].
  3. O modo como ocorreu a morte de Tiago já foi esclarecido pelas palavras citadas de Clemente[4], que conta como o lançaram do pináculo do templo e espancaram-no até matá-lo. Mas quem conta com maior exatidão o que a ele se refere é Hegesipo, que pertence à primeira geração sucessora dos apóstolos[5]e que no livro V de suas Memórias diz assim:
  4. “Sucessor[6]na direção da Igreja é, junto com os apóstolos, Tiago, o irmão do Senhor. Todos dão-lhe o sobrenome de “Justo”, desde os tempos do Senhor até os nossos, pois eram muitos os que se chamavam Tiago.
  5. Mas somente este foi santo desde o ventre de sua mãe. Não bebeu vinho nem bebida fermentada, não comeu carne; sobre sua cabeça não passou tesoura nem navalha e tampouco ungiu-se com azeite nem usou do banho.
  6. Somente a ele era permitido entrar no santuário, pois não vestia lã, mas linho. E somente ele penetrava no templo, e ali se encontrava ajoelhado e pedindo perdão por seu povo, tanto que seus joelhos ficaram calejados como os de um camelo, por estar sempre de joelhos adorando a Deus e pedindo perdão para o povo.
  7. Por sua eminente retidão era chamado “o Justo” e “Oblías”, que em grego quer dizer proteção do povo e justiça, como declaram os profetas acer­ca dele.
  8. Assim pois, alguns das sete seitas que há no povo e que eu descrevi anteriormente (nas Memórias)tentavam informar-se com ele quem era porta de Jesus, e ele respondia que este era o Salvador.
  9. Alguns creram que Jesus era o Cristo. Mas as seitas mencionadas anteriormente não creram nem na ressurreição nem em que venha a dar a cada um segundo suas obras[7]. Mas os que creram, creram por Tiago.
  10. Sendo pois, muitos os que creram, inclusive entre as autoridades[8], os judeus, escribas e fariseus se alvoroçaram dizendo: todo o povo corre perigo ao esperar o Cristo em Jesus. Reuniram-se pois ante Tiago e disseram: Nós te pedimos: retém ao povo, que está em erro a respeito de Jesus, como se ele fosse o Cristo. Pedimo-te que convenças a respeito de Jesus todos os que vierem para o dia da Páscoa, porque a ti todos obedecem. Efetivamente, nós e todo o povo damos testemunho de ti, de que és justo e não te deixas levar pelas pessoas.
  11. Tu pois, convence a toda a multidão para que não se engane a respeito do Cristo. Todo o povo e nós mesmos te obedecemos. Ergue-te pois sobre o pináculo do templo para que do alto sejas visível e todo o povo ouça tuas palavras, pois por causa da Páscoa reúnem-se todas as tribos, inclusive com os gentios.
  12. E assim os mencionados escribas e fariseus puseram Tiago em pé sobre o pináculo do templo e disseram-lhe aos gritos: “O tu, o justo!, a quem todos devemos obedecer, posto que o povo anda extraviado atrás de Jesus o crucificado, diga-nos quem é a porta de Jesus.”
  13. E ele respondeu com grande voz: “Por que me perguntam sobre o Filho do homem? Ele também está sentado no céu à direita do grande poder e há de vir sobre as nuvens do céu[9].”
  14. E sendo muitos os que se convenceram completamente e ante o testemunho de Tiago, irromperam em louvores dizendo: “Hosana ao filho de Davi!”. Então os mesmos escribas e fariseus novamente disseram uns aos outros: “Fizemos mal em proporcionar tal testemunho a Jesus, mas subamos e lancemo-lo para baixo, para que tenham medo e não creiam nele.”
  15. E puseram-se a gritar dizendo: “Oh! Oh! Também o Justo extraviou-se!” E assim cumpriram a Escritura que se encontra em Isaías: Tiremos de nosso meio o justo, que nos é incômodo. Então comerão o fruto de suas obras.
  16. Subiram pois e lançaram abaixo o Justo. E diziam uns aos outros: “Apedrejemos a Tiago o Justo!” E começaram a apedrejá-lo, porque ao cair não chegou a morrer. Mas ele, virando-se, ajoelhou-se e disse: “Eu te peço Senhor, Deus Pai: Perdoa-os, porque não sabem o que fazem.
  17. E quando estavam assim apedrejando-o, um sacerdote, um dos filhos de Recab, filho dos Recabim, dos quais o profeta Jeremias havia dado testemunho[10], gritava dizendo:

Parai, que estais fazendo? O Justo roga por vós!

  1. E um deles, tecelão, agarrou o bastão com que batia os panos e deu com este na cabeça do Justo, e assim foi que sofreu o martírio. Enterra­ram-no naquele lugar, junto ao templo, e ainda se conserva sua coluna naquele lugar ao lado do templo. Tiago era já um testemunho veraz para judeus e para gregos de que Jesus é o Cristo. E em seguida Vespasiano os sitiou[11].”
  2. Isto é o que Hegesipo relata minuciosamente, concordando ao menos com Clemente. Tiago era um homem tão admirável e tanto havia-se espalhado entre todos a fama de sua retidão, que até os judeus sensatos pensavam que esta era a causa do assédio de Jerusalém, iniciado imediatamente depois de seu martírio, e que por nenhum outro motivo estavam eles sofrendo-o senão pelo crime sacrílego cometido contra ele.
  3. Na verdade, pelo menos Josefo não vacilou em atestar também isto por escrito com estas palavras:

“Isto sucedeu aos judeus como vingança por Tiago o Justo, irmão de Jesus, o chamado Cristo, porque exatamente os judeus o mataram, ainda que fosse um homem justíssimo[12].”

  1. O mesmo autor descreve também a morte de Tiago no livro XX de suas Antigüidades com estas palavras:

“Sabendo César da morte de Festo, enviou a Albino como governador da Judéia. Mas Ananos o Jovem, sobre quem já dissemos que havia recebido o sumo sacerdócio, tinha um caráter especialmente resoluto e atrevido e formava parte da seita dos Saduceus, que nos juízos eram justamente os mais cruéis entre os judeus, como já demonstramos.

  1. Ananos sendo pois assim, considerando oportuna a ocasião por haver morrido Festo e achar-se Albinus ainda a caminho, convocou a assembléia de juízes, e fazendo conduzir perante ela o irmão de Jesus, chamado Cristo – chamava-se Tiago – e alguns mais para acusá-los de violar a lei, entregou-os para que fossem apedrejados.
  2. Mas todos os cidadãos considerados os mais sensatos e mais fiéis observadores da lei levaram a mal esta sentença e enviaram uma delegação secreta ao rei[13]para pedir-lhe que escrevesse a Ananos para que não levasse a cabo tal coisa, porque já desde o começo não agia com retidão. Alguns deles inclusive saíram ao encontro de Albinus, que viajava desde Alexan­dria, para informá-lo de que sem seu parecer não era permitido a Ananos convocar a assembléia.
  3. Persuadido Albinus com o que lhe disseram, escreveu irritado a Ananos, ameaçando-o de pedir-lhe contas. E o rei Agripa destituiu-o por este motivo do sumo sacerdócio, que exercia há três meses, e instituiu a Jesus, o filho de Dameo.”

 

 

  1. A Data da Carta Tiago foi apedrejado até a morte por volta de 62 dC; O conteúdo do livro sugere que pode ter sido escrita um pouco antes do concílio da Igreja relatado em At 15. Provavelmente foi escrito entre os anos 48 e 62 dC.

III. O Conteúdo da Carta Ao invés de especular ou debater sobre teorias religiosas, Tiago direciona seus leitores para uma vida piedosa. Do Início ao fim, o tom desta carta é imperativo. Em 108 versículos, são dados 54 mandamentos evidentes. Tiago repete 12 temas tratados no Sermão do Monte por Jesus Cristo.

Esse “servo de Deus” (v.1) escreve como alguém supervisionando outros discípulos. Ele era um supervisor de discípulos. Um discipulador. Esta carta é um Roteiro de Discipulado.

  1. O Cristo Revelado na Carta Começando no primeiro verso e continuando por toda a carta, Tiago reconhece a autoridade de Jesus, referindo-se como “servo”, ou escravo, do Senhor. O termo é aplicável a todos os cristãos, pois todos os verdadeiros discípulos de Cristo reconhecem sua soberania sobre suas vidas e se comprometem espontaneamente a seu serviço. Cristo é o objeto de nossa fé (2.1), aquele que cujo nome e em cujo poder realizamos nosso ministério (5.14,15), o recompensador de todos aqueles que se mantém firmes em meio a julgamentos (1.12), e aquele que virá, por quem pacientemente esperamos (5.7-9).

Tiago identifica Cristo como a “glória” (2.1), referindo-se ao Shekinah, a gloriosa manifestação da presença de Deus em meio a seu povo. Não somente glorioso por si mesmo, ele é a glória divina, a presença de Deus na terra (Lc 2.30-32; Jo 1.14; Hb 1.3).

  1. O Espírito Santo em Ação na Carta A carta menciona especificamente o Espírito Santo somente em 4.5, onde se declara que o Espírito que habita em nós deseja a nossa lealdade completa, não suportando rivalidade. A Atividade do Espírito Santo pode ser vista no ministério aos doentes descritos em 5.14-16. O ungir com o óleo é compreendido como símbolo do Espírito Santo.
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Pastor Arnaldo Rocha

Casado com a pastora Maralícia da S. R. Rocha, pai de três filhos, foi pastor em Praia de Leste, Pontal do Sul, Londrina e Mallet, atualmente é pastor titular da Igreja do Evangelho Quadrangular de São Mateus do Sul, formado pelo Instituto Teológico Quadrangular ( I.T.Q) ano de 1990, formação superior em Processos Gerenciais , escritor, músico, desenhista profissional, pintor artístico, consultor de empresas, professor de vendas, relacionamento interpessoal, marketing, comércio eletrônico, empreendedorismo, filosofia, sociologia e artes. Foi policial militar, condecorado por ato de bravura. Foi coordenador político da região centro sul do Paraná pela Igreja do Evangelho Quadrangular no ano de 2008.

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Livro: O Segredo da Fé

Muitas pessoas gostariam de serem usadas por Deus de uma forma sobrenatural, gostariam de curar os enfermos, de expulsar demonios, de anunciar o evangelho levando a paz e a esperança, mas não conseguem, parece existir algo que bloqueia, que apresiona a mente incapacitando a realização de um sonho. Se o próprio Deus quer que sejamos seus agentes de boas novas na terra, porquê então nos limitamos e não realizamos aquilo que gostariamos de fazer, acreditamos que outros possam, mas conosco é uma outra história.

Bem este livro veio para mostrar que isto é possível, que ser usado por Deus não é algo para poucos e sim para todos os que querem, veio desmistificar e mudar paradigmas, conceitos pré concebidos a muitos enraizado em nosso subconsciente.

você pode adquirir o livro neste site:http://www.clubedeautores.com.br/books/search?what=arnaldo+rocha&sort=created_at&commit=BUSCA

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